Vandalismo destrói bens públicos da capital baiana

Correio24horas.com.br

Como amostra do descaso pelo espaço público, vandalismo e roubos são atos que,de tão frequentes, parecem ter virado banais em Salvador. Na madrugada de terça-feira, o morador de rua Sidiclei Silva Santos, 19 anos, foi preso em flagrante ao destruir oito refletores do canteiro central da avenida Bonocô, que ainda não foi inaugurado.

Os itens destruídos por Sidiclei, que foi flagrado por uma viatura da Guarda Municipal, são avaliados em R$ 10, 8 mil. "Não me arrependo porque eu não estava em mim quando fiz aquilo", disse Sidiclei que,ontem, na 1ª Delegacia nos Barris, onde está à disposição da Justiça, se declarou grafiteiro. Os equi pamentos são importados e não tem data para serem repostos.

PREJUÍZO Um cálculo realizado por quatro órgãos municipais indicou umgasto de R$ 1,375 milhão em manutenção e reposição de peças em praças públicas, banheiros químicos, pontos de ônibus e escolas municipais destruídas por vândalos apenas nos nove meses deste ano.

O cálculo envolveu a Superintendência de Conservação e Obras Públicas do Salvador (Sucop), a Secretaria Municipal dos Transportes e Infraestrutura (Setin), a Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesp) e a Secretaria Municipal da Educação, Cultura, Esporte e Lazer (Secult).

Segundo a Secretaria de Comunicação da prefeitura (Secom), o Corredor Verde, situado no canteiro da avenida Mário Leal Filho (Bonocô), onde Sidicley foipreso, já teve portas de alumínio dos quiosques, pequenas árvores ornamentais e até mesmo o tapete de grama recém-plantado roubados mesmo antes da sua inauguração.

EXEMPLO

Para o prefeito João Henrique, os danos financeiros e estruturais que a cidade sofre com a prática corriqueira dos ladrõesdo espaço público serão a partir de agora combatidos com maior vigor pelas autoridades. "Espero que essa prisão sirva de exemplo e mostre que a Guarda Municipal está atenta e conta com o apoio das polícias Civil e Militar para proteger o patrimônio que é de toda a cidade", comentou o prefeito de Salvador.

ESCOLAS
Como a demonstração de que a prática de vandalismo começa desde cedo, a Secult informou que cerca de 10% das carteiras escolares adquiridas pelo órgão tiveram que ser substituídas após depredação dos próprios alunos. Foram cerca de duas mil cadeiras, resultando em uma despesa de R$ 140 mil.

O prefeito João Henrique, em nota, destacou que a cidade sofre com vandalismo e roubo. "Hoje no pátio da Limpurb há 500 banheiros destruídos pela ação de mal feitores. Enquanto isso, há 200 na cidade para atender à população. Não faltariam banheiros se houvesse a colaboração de todos para proteger e zelar pelo que é de toda coletividade", disse o gestor municipal.

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