Metrô de Salvador: faltam mais de R$28 milhões para fim das obras



Ibahia
Mais R$ 28 milhões. Esse é o valor que a prefeitura diz precisar para colocar os 6,5 quilômetros do metrô de Salvador para funcionar. O dinheiro, de acordo com o titular da Secretaria de Transportes e Infraestrutura (Setin), José Mattos, será pleiteado junto ao Ministério das Cidades nos próximos dias.
Em 11 anos de construção, o metrô consumiu, de acordo com a Setin, R$ 550 milhões, considerando os 6,5 quilômetros que ligam a Estação da Lapa à Rótula do Abacaxi, mais os 10% já construídos da segunda etapa (Rótula do Abacaxi-Estação Pirajá). “Temos reunião marcada para a próxima semana. É um compromisso esperado e o próprio ministério tem interesse em que esse recurso chegue”, afirma Mattos.


Obras da segunda etapa dependem de auditoria realizada pelo Exército

Questionado sobre qual seria a alternativa caso o dinheiro não chegue, o secretário se mostrou otimista. “Não há possibilidade de não chegar”, disse. O recurso, segundo o secretário, será aplicado na conclusão do pátio auxiliar de manobra no Acesso Norte e deve permitir que os testes com o metrô sejam feitos até o final deste ano, além de colocá-lo em operação no início de 2012.

“Por determinação do TCU (Tribunal de Contas da União), o trecho de 12 quilômetros foi dividido em dois e, por isso, foi preciso criar o pátio de manobra. Até dezembro, todos os testes e o treinamento da operacionalização do sistema também serão concluídos. A previsão é que, no começo do ano que vem, o meio de transporte seja entregue à população”, acredita Mattos.

Ele afirma que a obra segue dentro do cronograma estabelecido pela Setin. “A Chesf (Companhia Hidrelétrica do São Francisco) deve concluir a instalação da rede elétrica aérea dentro de 30 a 40 dias, que está funcionando dentro do que foi planejado. O Consórcio Metrosal (responsável pelas obras) está concluindo o pátio de manutenção do metrô”, explica. Segundo ele, os trens, que chegaram à cidade em novembro de 2008, estão sob a guarda da CTS (Companhia de Transportes de Salvador), e em perfeito estado de conservação.

Para Paulo Roberto Silva, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Civil e Pesada (Sintepav), no entanto, o metrô será entregue na base da pressão. “Virou novela e vai sair não pela vontade dos nossos políticos, mas pela pressão que vem de fora por parte do governo federal e dos outros estados. Mas, é inviável colocar em funcionamento só da Lapa até a Rótula. Só dá para concluir a segunda etapa até a Estação Pirajá em dois anos, em ritmo acelerado”, estima. Segundo ele, hoje, 200 trabalhadores atuam nas obras do metrô.

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