Assassino de universitária em Feira de Santana não era pai dela, diz polícia



A polícia confirmou no início da tarde desta terça-feira (13) que Wilson Marques da Silva, 45 anos, que matou a estudante de Odontologia Raissa Cristina Pereira Lemos, de 20 anos, na manhã de segunda-feira (12), em Feira de Santana, não era pai dela. Ainda segundo a polícia, Wilson e Raissa mantinham um relacionamento conjugal há mais de seis anos, quando a universitária fugiu da casa dos verdadeiros pais aos 14 anos.
A polícia chegou à informação depois que dois tios da vítima estiveram na Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), e confirmaram a história e que Wilson não tinha nenhum vínculo familiar com Raíssa.

Em depoimento à delegada Virgínia Paim, titular da Deam de Feira, os tios de Raíssa informaram que, depois que a sobrinha deixou a casa dos pais passou a conviver como a esposa de Wilson, que também é natural de Goiás.
A família sabia do relacionamento da estudante com Wilson, mas desconheciam a história de que eles se tratavam como pai e filha na cidade. Segundo a polícia, Raíssa divulgava a relação de parentesco entre os colegas da Universidade Estadual de Feira (Uefs), onde ela cursava Odontologia desde o início deste ano.
Colegas de sala de Raíssa também prestaram esclarecimentos na Deam e confirmaram que a estudante tratava o companheiro como pai e que não ela não costumava receber visitas em sua residência, no Conjunto Feira VI.
Identificado inicialmente como pai da vítima, Wilson foi visto por moradores da região esperando pela estudante na praça em frente ao prédio em que ela morava. Quando a jovem saiu de casa a caminho da aula, acompanhada por amigos, Wilson se aproximou e pediu para conversar.
Durante a discussão, Wilson baleou a jovem na cabeça e em seguida deu um tiro no próprio maxilar. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Geral Clériston Andrade, mas não resistiu aos ferimentos e acabou morrendo. Raíssa também foi socorrida para o hospital, mas já chegou com suspeita de morte cerebral.
O hospital abriu um protocolo para confirmar a morte cerebral após uma cirurgia, mas antes disso Raíssa morreu, o que foi confirmado pela unidade médica no início da noite. 
Os corpos de Raíssa e Wilson estão no Departamento de Polícia Técnica (DPT) de Feira de Santana aguardando liberação. Ainda não há informações sobre os enterros. 

Fonte:CB

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